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Coletivo Raízes do Griô

Descrição


O Coletivo Raízes do Griô surgiu no ano de 2016 a partir das uniões filosóficas e musicais de um grupo de amigos que se conheceram nas oficinas de batuque do mestre (Griô) Descartes Gadelha, a quem o grupo homenageia em seu nome. O grupo teve como princípio para sua criação, a difusão da cultura popular local e o acesso à arte e cultura para jovens e adolescentes periféricos, trazendo a arte-educação como pilar do desenvolvimento de seus trabalhos. O grupo é composto por jovens artistas atuantes em diversos trabalhos e espaços voltados à diversas linguagens, professores, artistas visuais, músicos, poetas e fotógrafos.
Ao longo de seus quase seis anos de atuação, o Coletivo Raízes do Griô já desenvolveu diversos trabalhos por meio da musicalidade das manifestações populares da cultura cearense. No ano de 2016, o coletivo foi contemplado na categoria “obra de novos artistas” pelo XI Edital das Artes/Secultfor com o projeto ‘Maracatu Raízes do Griô’, que trouxe a jovens da periferia do bairro Rodolfo Teófilo seu primeiro contato com a musicalidade de uma das principais manifestações culturais cearenses. Foi desta primeira iniciativa, que teve como palco para seu desenvolvimento, a parceria com a Escola Estadual Félix de Azevedo, que surgiu o Encantaria: ciclo de vivências compartilhadas em Cultura Popular, que passou a abranger outras manifestações como o coco de roda, as congadas e o reisado de caretas, estando atualmente em plena atividade.
No ano de 2017 o grupo desenvolveu o espetáculo ‘Anlodo: tambores do Ceará’ que trouxe em sua narrativa o processo de formação dentro da perspectiva do processo de aprendizagem da chamada ‘Pedagogia Griô’, a caminhada dos iniciados. O espetáculo foi agraciado pela Chamada de Ocupação do Theatro José de Alencar de 2017 e esteve em cartaz durante todo o mês de novembro do mesmo ano no palco do Morro do Ouro, anexo do teatro.
Ainda em 2017, o grupo passou a desenvolver seu projeto de palco voltado a apresentações musicais, tendo como referência uma diversidade de ritmos da cultura popular brasileira, como o baião, o samba, o maracatu, o carimbó, a ciranda, o ijexá e outros. Com esse projeto, o grupo foi contemplado em duas oportunidades, nos anos de 2018 e 2019, a compor o set de apresentações artísticas do Ciclo Carnavalesco de Fortaleza, se apresentando em locais de grande circulação como a Praça da Gentilândia no bairro Benfica. Nos últimos dois anos, o grupo realizou diversas apresentações em eventos de universidades, bares, espaços culturais, feiras e outros, além de ter participado de ações culturais como o Projeto Bom de Fortaleza da Prefeitura Municipal.
Já em 2019, o coletivo teve como destaque em suas atividades, a apresentação do espetáculo ‘Um pé de manga que me trouxe a alegria do Boi Doce’, o qual foi o objeto final das atividades formativas desenvolvidas pelo Encantaria durante o ano. O espetáculo foi agraciado pela Chamada de Ocupação do Theatro José de Alencar de 2019 e trouxe ao palco a vivência dos integrantes do projeto na manifestação do ‘Boi de Rêzo’, brincadeira desenvolvida em diversas comunidades do Ceará, que mescla ritmos como o xote, o baião, a valsa e o samba matuto com a teatralidade popular dos caretas (papangus), figuras fantásticas que cantam, dançam e animam o público, enquanto o Boi (figura central da brincadeira) dança, morre e renasce na magia do encantamento popular.
Em 2020 o grupo musical participou da Mostra Cearense de Bandas Universitárias do Festival NOIA, sendo premiado nas categorias ‘melhor banda por júri popular’ e ‘melhor banda por engajamento nas redes’. Ainda no ano de 2020 o grupo lançou dois trabalhos ao vivo, o ‘Na Pisada do Terreiro’, com um repertório de canções que permeiam os ritmos de terreiro das brincadeiras populares de Fortaleza e o ‘Terreiro de Alumínio’ com um repertório completo de músicas autorais, ambos disponibilizados no Youtube.