Tem como objetivo realizar estudos/práticas no campo da prática artística como pesquisa, ou pesquisa artística em e com dança, de modo articulado à interculturalidade crítica, às estesias (aisthesis) decoloniais e pós-coloniais, bem como à bioestética orientando processos de criação, aprendizagem e produção de conhecimento nas/com as artes. Aliadas também ao conceito de invenção – no sentido que propõe a pesquisadora Virgínia Kastrup (2007), ou seja, com o foco na colocação de problemas, visando à criação – nossas investigações podem nos levar a aprender como nos tornar com os “outros”, engendrando pesquisas artísticas que abranjam a criação como possibilidade de conhecer e de viver em contraposição a relações de dominação que ainda geram pensamentos e fazeres em dança, arte, educação e vida. Apostamos no método da cartografia, dentre outros, para conduzir nosso caminhar com a pesquisa artística, de modo que conexões sejam potencializadas e o respeito – olhar horizontalmente para o outro, levando-o seriamente em consideração – seja requisitado, o que consideramos de suma importância de se trabalhar com pesquisadoras/es, estudantes, educadoras/es, artistas e público em geral para desestabilizar hierarquias de valor ainda operantes e mesmo resistentes em nossas relações.