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Antônia Gabriela Pereira de Araujo

Doutora em Antropologia Social (UFRJ), artista-educadora e escritora. Publicou "Corpos Crudos: boxeadoras negras em Cuba e no Brasil" e apresentou suas performances na FLIP, BRASAS E ILASSA.Trabalha com temas sobre corpografia, autonomia erótica/espiritual e mulheres negras.É co-idealizadora da Biblioteca Preta e Centro Cultural Casa Futuro e integra a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros

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CEP: 60872-406

Logradouro: Rua Nelson Mandela

Número: 269

Complemento: Coaçu

Bairro: Coaçu

Município: Fortaleza

Estado: CE

Descrição

MINIBIO ​
Antônia Araújo é doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ/Museu Nacional (2021) com interesses de pesquisa em e com mulheres negras, ancestralidade, corporalidades e justiça racial. É ativista lésbica e artista-educadora em justiça social e direitos lgbtqi+. Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Cursou fotografia na Casa Amarela (Ce) e participou do Curso Artistas em Cena da Casa das Pretas (RJ). Atualmente é aluna do Curso de “Artes e intelectualidades pretas: a ancestralidade como elo estético e político” da Escola Ancestral Aparelha Luzia de Arte, Cultura e Política (SP).
Araújo é integrante do Comitê de Antropólogas Negras da Associação Brasileira de Antropologia (ABA); da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (COPENE) e do Laboratório de Antropologia e História (UFRJ/Museu Nacional/LAH/RJ) onde atua com pesquisas e publicações sobre corpo, ancestralidade, corporalidades, interseccionalidade, lgbt e feminismo negro. Integrou a Turma 2020 da Oficina de Tese do Instituto Hutchins da Universidade de Harvard e fez intercâmbio acadêmico e artístico nos EUA em 2020 na Universidade de Austin (Texas) onde apresentou suas últimas pesquisas e performances voltadas para os temas como estereótipos raciais, corporalidades, incorporação, racialização, feminização e hipersexualização das jovens negras na Diáspora Afro-latina-americana.


ATUAÇÃO EM ARTES, EDUCAÇÃO E LITERATURA
Antônia Araújo como artista-educadora desenvolve na Casa Futuro, biblioteca e centro cultural preto, atividades de corpografia, oralitura e contação de histórias com crianças, adolescentes e jovens focando a temática racial, indígena e afropindorâmica. Além dessas atividades, a atuação se faz com intervenção urbana através de performances, lambes e cortejos.


ATUAÇÃO EM DANÇA, POESIA E PERFORMER
Antônia Araújo como performer e dançarina negra tem trabalhos coletivos apresentados de 2009 a 2011 em congressos e festivais nacionais de dança pelo grupo MiraIRA (IFCE) onde atuou como dançarina e pesquisadora; foi artista e coordenadora da equipe de artes integradas do projeto Abayomis e outros contos, que recebeu prêmio Bolsa Funarte para artistas negros nos anos de 2016 e 2017 e integrou a equipe de dança afro Diálogos em Movimento (Rio de Janeiro) onde fez apresentações no Evento Novembro Negro no Rio de Janeiro de 2018 a 2019.

Seus trabalhos nacionais de destaque centralizam-se em performances solos e intervenções artísticas urbanas. Atuou na FLUP (2019) com a performance Mutação no Museu de Arte do Rio (RJ); se apresentou na final do Slam das Minas RJ (2019) com a performance e intervenção artística Acordo Maré (2018) na Praça Mauá e se apresentou no evento Primaveras negras do Coletivo Mulheres de Pedra (Pedra de Guaratiba) com a Intervenção artística Transmutação. Internacionalmente, os trabalhos Made a Circle e Mangrove, duas composições musicais que integram o Álbum Black Encyclopedia of the Air trazem um pouco da pesquisa e do seu trabalho afrofuturista nas suas travessias artísticas. A performance Mangue-Sal que compõe o clipe musical oficial do referido Álbum da cantora Moor Mother é o resultado de três anos de pesquisas sobre afrofuturismo, ancestralidade afro-pindorâmica e cura/fuga e libertação feminina negra e queer transnacional.

Além desses últimos trabalhos lançados em 2021, a artista recebeu Bolsa integral para apresentar a sua trilogia multimídia ritual “Da faringe” no evento internacional Black Womxn Temp Camp 004 (Portal temporal de mulherxs negras). A organização desse evento é feita pelo
Coletivo Black Quantum Futurism formado por mulheres negras artistas, lésbicas e queer da Filadélfia. A
performance “Da Faringe” é uma trilogia que tece a história da insistência em existir pela, com e através da voz e resgata a história, cultura e memória negra do Ceará através da paisagem urbana e do patrimônio imaterial das mangueiras da cidade de Fortaleza (CE).

ATUAÇÃO NAS ARTES VISUAIS E EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS
Cursou disciplinas de história da arte e audiovisual na Universidade Federal do Ceará e fez exposições fotográficas individuais e coletivas no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (2014) com o trabalho visual “Vaqueiros do mar” resultado da sua pesquisa de mestrado em Sociologia. Expôs a mesma obra no Encontro Anual de Pós Graduação em Ciências Sociais (Caxambu, 2015). Em 2018 expôs a amostra fotográfica “Raçudas: mulheres negras e a força ancestral” na Reunião Brasileira de Antropologia (RBA, Brasília, 2018).



ATUAÇÃO COMO ANTROPÓLOGA E PESQUISADORA


Seus trabalhos Autonomia Erótica, Mutação e Insurrecionista foram apresentados na Universidade de Austin, no ILASSA (2020), BRASAS e no IV Workshop Mulheres negras do Futuro, organizado Coletivo Afro-futurista Black Quantum Futurism da Filadélfia (EUA). É autora do artigo “O corpo negro no trabalho de campo: notas de campo de uma pesquisadora negra em Havana (Cuba)” e também da publicação internacional “Corpos Crudos: boxeadoras negras em Cuba e no Brasil”, publicado pela revista de Harvard Transition. Foi colaboradora também de jornais internacionais, como o jornal TAZ com a matéria “Mord an brasilianischer Lokalpolitikerin „Weiße Unschuld tötet”. TAZ. Berlim (2018) sobre o assassinato de Marielle Franco e o genocídio negro no Brasil.

É colaboradora dos Portais onlines Geledés e Blogueiras Negras onde publicou 5 matérias sobre justiça racial, branquitude, intelectualidade, necropolítica, ancestralidade, arte e feminismo negro. Atualmente é co-fundadora e coordenadora da Biblioteca e Centro Cultural Afropindorâmico Casa Futuro onde trabalha como artista-educadora e coordenadora geral. Criou o Ateliê Sun rá que é um Espaço de criação de experimentos multimídias, sons, ruídos e outros rasgos sonoros sobre memórias ancestrais citadinas. O ateliê produziu as mídias Da faringe e algumas gravações de performances e sons afrofuturísticos, como Mangue-Sal. Co-idealizou o Coletivo Equedes de escritas criativas e salobras de mulheres negras e integra o Coletivo Mulheres de Pedra, em Pedra de Guaratiba e o Coletivo Marlene Cunha de Alunes de Pós Graduação em Antropologia do Museu Nacional. Atualmente, é aluna do Curso de especialização em Estudos Afro-latino-americano da Hutchins Center (ALARI/HARVARD) onde também foi aluna em 2020 no Curso de Tese em estudos Afro-latino Americano.

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